As várias situações
mencionadas podem-te provocar comportamentos sexuais de risco, isolamento,
disfunções do comportamento alimentar, reações psicossomáticas, ansiedade,
depressão, ideação suicida e insucesso escolar. Não tenhas medo... pede ajuda. Os teus pais ou familiares próximos vão perceber os teus sinais de tristeza profunda, a desmotivação para as
atividades normais, o isolamento e afastamento do grupo de amizades.
Sendo este um ciclo difícil de interromper, deve no entanto ser parado pelo apoio de familiares e amigos e muitas vezes, por uma orientação específica e profissional, dado o seu grau de desenvolvimento. ACEITA A AJUDA!
O desgosto amoroso
pode ser bastante sofrido na adolescência. Tal como existem sentimentos de
excessiva euforia, também os picos de tristeza e depressão estão presentes nos
relacionamentos amorosos da adolescência. O apoio dos teus pais é fundamental, eles vão ajudar-te a aproximar-te de um estado mais racional, e ao
mesmo tempo, ajudar-te a lidar com os sentimentos presentes que muitas vezes
são sentidos pela primeira vez. Ajudar a identificar estes sentimentos é já um
primeiro passo para aprender a lidar com eles, seguindo-se um luto, que pode
levar algum tempo a ser ultrapassado, mas que se torna mais saudável quando
existe diálogo e compreensão por parte dos teus pais ou cuidadores.
Apela aos teus pais o respeito que devem ter pelos teus sentimentos. Fá-los perceber que incentivar,
proibir ou desprezar em nada contribui para o teu desenvolvimento emocional. Não te isoles, procura o diálogo e partilha o que sentes, irás tornar a vossa relação mais aberta e firme e terás espaços de conversação quando assim o necessitas. Ninguém nasce preparado para os altos e baixos das relações
amorosas, e será importante aprender a lidar com os dois pólos (euforia e
angústia), para uma melhor preparação para o amor futuro.
Por vezes os pais sentem a necessidade de pôr fim à relação
amorosa dos filhos. Os “travões” são sempre perigosos pois podem suscitar
reações opostas às desejáveis. No entanto há situações em que os riscos são
muitos e as evidências de desequilíbrio também, podendo suscitar maior
preocupação por parte dos pais. Pela experiência e visão geral da situação os pais podem detetar perigos difíceis de perceber pelos filhos. Nestes casos o “travão” deve incluir sempre
diálogo, respeito e compreensão e tu deverás aceitar, por mais difícil que seja, esta visão e pensar e pensar sobre o assunto. Certamente que conseguirás ver na outra pessoa características que até então não vias, características essas que podem condicionar a tua vida (exemplo: envolvimento com drogas, comportamentos agressivos, roubos etc.).
Todas os temas
suscetíveis de te criar desequilíbrios emocionais e riscos à integridade física e
psicológica são importantes e devem ser vistos como tal por todos os que lidam
contigo. Nunca tenhas medo de mostrar o que sentes às pessoas que te são mais próximas, pois aí estarás a resolver alguns problemas familiares (pela preocupação que têm contigo!) e a contribuir para que te sintas melhor, muito melhor e mais confiante em ti e nas tuas potencialidades.
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