Dislike bullying homofóbico

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O que é o bullying?

Bullying consiste em dirigir a alguém, sem motivação evidente, comportamentos intencionais e repetidos, que infligem intencionalmente prejuízos ou desconforto, através de agressões físicas ou verbais, ameaças ou violência psicológica.
O Bullying pressupõe um desequilíbrio de poder e pode incluir provocações, insultos, violência física ou exclusão social.
Um bullie ou agressor pode atuar sozinho ou em grupo.

O que é o bullying homofóbico e transfóbico?

O Bullying baseado na perceção da orientação sexual ou da identidade de género é um tipo específico de bullying
e é definido como o bullying homofóbico. O bullying homofóbico consiste em agressões, perseguições ou ameaças, motivadas pelo preconceito em relação à orientação sexual ou identidade de género da vítima (seja essa pessoa homossexual, heterossexual, bissexual ou transsexual).

Os quatro tipos de bullying homofóbico e transfóbico mais comuns são:

Bullying verbal – pode incluir agressões verbais, insultos ou boatos que alguém é gay, lésbica, bissexual ou transgénero; fazer ameaças; comentários sexuais indesejados ou piadas.
Bullying social – pode incluir muitas formas de exclusão, isolamento, humilhação pública ou intimidação.
Bullying físico – pode incluir gestos obscenos, agressões físicas, perseguição ou ameaçar alguém com danos físicos; destruir ou roubar pertences; assédio sexual.
Cyberbullying – tipo de bullying que utiliza a Internet, mensagens instantâneas de telemóveis para intimidar, rebaixar, espalhar boatos, ameaçar ou excluir alguém por causa da sua real ou percecionada orientação sexual ou identidade
de género.

O Bullying homofóbico e transfóbico e a Lei Nacional

A proibição de discriminação com fundamento na orientação sexual encontra, desde 2004 (Lei Constitucional n.º 1/2004,
de 24 de julho), assento constitucional expresso no n.º 2 do Artigo 13º da Constituição da República Portuguesa.

O Código Penal Português, alterado em setembro de 2007 e, mais recentemente, em fevereiro de 2013, criminaliza,
sob «Discriminação Racial, religiosa e sexual»( Artigo 240º), o chamado discurso do ódio, interditando a fundação de associação ou organização ou o desenvolvimento de atividades com o fim de incitar a discriminação ou ódio de alguém
ou um grupo com base no sexo, orientação sexual ou identidade de género, bem como a participação nessas atividades
ou o apoio, inclusive financeiro, a tais associações.

Além disso, as motivações homofóbicas são relevantes pelo menos em três outros crimes: homicídio, agressão e ofensa
à integridade física qualificada, enquanto circunstâncias agravantes.

Recursos:

Administração Pública:
Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género
Instituto Português do Desporto e Juventude
Programa Escola Segura: GNR
Programa Escola Segura: PSP

Organizações Não-Governamentais Nacionais:

ILGA
Rede Ex Aequo
Opus gay
Clube Safo
Não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais
APAV
UMAR
CASA – Centro Avançado de Sexualidades e Afectos

Organizações Internacionais Governamentais:

União Europeia:

Comissão Europeia
Parlamento Europeu
Agência Europeia para o Direitos Fundamentais
Equinet

Conselho da Europa

Unidade LGBT
Movimento contra o Discurso do Ódio
Gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos

Organizações Internacionais Não-Governamentais:

ILGA Europa
Transgender Europe
Amnistia Internacional




O teu namorado não é nervoso, é uma BESTA

Artigo de opinião de Paulo Farinha no Notícias Magazine de 23 de Junho de 2013.

Enviar-te 35 mensagens durante o dia a dizer que te ama e a perguntar onde estás não é uma prova de amor. É uma prova de que ele é um controlador e que, se tu deixas que ele o faça e não pões um travão a tempo, a coisa só vai ter tendência para piorar ainda mais.

Fazer-te perguntas sobre dinheiro não é indício de estar atento aos tempos difíceis em que vivemos, e reflexo de uma educação de poupança. Falar muitas vezes disso indica, isso sim, que um dia ele vai querer controlar o teu dinheiro. Aliás, se dependesse dele, era ele que geria já a tua mesada. Quanto gastas. Quando gastas. Em que gastas. Quando deres por ti, estarás a pedir-lhe autorização para comprar coisas para ti.

Pedir a password do teu e-mail ou da tua conta de Facebook não é sinal de que vocês nada têm a esconder um do outro. Não é sinal de que, entre vocês, tudo é um livro aberto. Mesmo que ele insista em dar-te a password dele. Isso é um sinal de desconfiança permanente. E um passo grande para o fim da tua privacidade. Sabes o que é privacidade,certo? É uma zona tua, onde mais ninguém entra. A não ser que tu queiras.

Os comentários sobre a roupa que usas ou o novo corte de cabelo não revelam um ciuminho saudável. Revelam que é ciumento. Ponto. Pouco lhe importa se tu gostas daquele top, daqueles calções ou daquelas calças apertadas. Entre os argumentos usados, talvez ele diga que já não precisas de te vestir assim, porque isso atrai a atenção de outros rapazes e tu já tens namorado. Se não fores capaz de lhe dizer, na altura, que te vestes assim porque te apetece, não para lhe agradar, pensa que este é o mesmo princípio que leva muitas sociedades a obrigar as mulheres a usar burka... Não é exagero. Controlar o que tu vestes é exatamente a mesma coisa.

Perguntar-te a toda a hora quem é que te telefonou ou ver o teu telemóvel, à procura das chamadas feitas e atendidas e das mensagens enviadas e recebidas não é um reflexo de pequeno ciúme. É um sinal de grande insegurança. Faças tu o que fizeres, dês tu as provas de amor que deres (na tua idade, o amor ainda tem muito para rolar, mas tu perceberás isso com o tempo), ele sentirá sempre que é pouco. E vai querer mais, e mais. E tu terás cada vez menos e menos.

Apertar-te o braço com mais força num dia em que se chatearam e lhe passou qualquer coisa má pela cabeça não é um caso isolado e uma coisa que devas minimizar porque ele estava nervoso. Aconteceu daquela vez e é muito, muito, muito provável que volte a acontecer. Um dia ele estará mais nervoso. E a marca no teu braço será maior. E mesmo que ele «nunca tenha encostado um dedo» em ti, a violência psicológica pode ser tão ou mais grave do que a física.

Gostar de ti mas não gostar de estar com os teus amigos não é amor. É controlo. E é errado. O isolamento social é terrível.Continuar a telefonar-te insistentemente depois de tu teres dito que queres acabar a relação, ou encher-te o telemóvel com mensagens a pregar o amor eterno, não significa que ele esteja a sofrer muito. Significa, sim, uma frustração em lidar com a rejeição. E se pensares em voltar para ele, pensa que da próxima vez que isso acontecer ele vai telefonar-te mais vezes. E enviar-te mais mensagens.

Guardares estas coisas para ti não é um sintoma da tua timidez. Não quer dizer que sejas reservada. É uma estratégia de defesa tua. E um pouco de vergonha, à mistura, não é? E que tal partilhares isso? Ficarias espantada com a quantidade de amigas tuas que passam por situações semelhantes.
Talvez a sua filha não leia isto. Mas que tal mostrar-lhe a revista, para ela pensar um pouco?