Respeita a vontade dos outros. A Violência Sexual é CRIME.

O que é a Violência Sexual?

é qualquer ato sexual indesejado, ou tentativa de ato sexual, avanço ou comentário sexual não desejado, assim como quaisquer outros contactos e interações de natureza sexual efetuados por uma pessoa sobre outra, contra a sua vontade.

Violência Sexual
A violência sexual pode ser cometida por diferentes pessoas, por exemplo:
  • por estranhos;
  • por alguém que se conhece (ex.: colega; vizinho/a);
  • por alguém próximo (ex.: familiar; amigo/a; (ex)namorado/a);
  • por adultos contra crianças/jovens;
  • entre adultos;
  • entre jovens;
  • por homens ou mulheres;
  • por rapazes ou raparigas.

Pode, por isso, acontecer em diferentes relações, tais como:
  • nas relações mais íntimas;
  • nas relações familiares;
  • nas relações de namoro;
  • nas relações de amizade;
  • nas relações ocasionais (“ numa curte” ou relacionamento de uma noite);
  • nas relações formais (com colegas de trabalho, por exemplo).

Também pode acontecer em diferentes contextos, por exemplo:
  • em casa;
  • na escola;
  • na rua;
  • na internet.
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O(s)/A(s) agressor(es) pode(m) usar diferentes estratégias para concretizar a violência sexual:
  • força física ou violência;
  • ameaçar e/ou chantagear, humilhar ou intimidar (ex.: ameaçar que faz mal a alguém próximo da vítima; ameaçar que se revela um segredo da vítima se esta não se envolver sexualmente com o/a autor/a da ameaça);
  • aproveitar a relação de confiança que tem com a vítima para a agredir sexualmente (pode, por exemplo, acontecer nas situações de violência sexual em que a vítima e o/a agressor/a são próximos);
  • aproveitar o seu maior poder ou autoridade para pressionar ou forçar a vítima (ex.: quando um/a chefe ou superior hierárquico usa o seu estatuto para forçar os seus funcionários à prática de atos sexuais);
  • colocar previamente a vítima num estado em que não é capaz de resistir ao que está a acontecer (ex.: quando a violência sexual é cometida depois de a vítima ser intoxicada com álcool ou drogas).
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A VIOLÊNCIA SEXUAL NÃO SE RESUME À PENETRAÇÃO FORÇADA. Há muitos outros atos de natureza sexual que podem ser formas de violência:
  • toques íntimos não desejados, como beijar, acariciar ou apalpar;
  • comentários ou piadas de carácter sexual que causam desconforto ou receio;
  • carícias indesejadas nos órgãos sexuais;
  • ser forçado/a a tocar nos órgãos sexuais de outra pessoa;
  • ser penetrado/a por via oral, vaginal ou anal por pénis, por outras partes do corpo (ex.: dedos) ou objetos;
  • ser obrigado/a a penetrar outra pessoa ou a praticar com ela sexo oral;
  • ser obrigado/a a assistir ou a participar em filmes, fotografias ou espetáculos pornográficos;
  • ser forçado/a a envolver-se na prostituição.
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O não consentimento ou a não autorização da vítima para o envolvimento em atos sexuais é uma das características da violência sexual.
Mas, quando a vítima é uma criança ou jovem com menos de 14 anos, não interessa se ela mostrou ou não vontade de se envolver sexualmente com outra pessoa.


A Lei parte do princípio que a prática de atos sexuais por parte de crianças e jovens com menos de 14 anos é sempre prejudicial ao seu saudável desenvolvimento, pelo que considera o seu eventual consentimento como irrelevante. Isto é, mesmo que a criança ou jovem tenha praticado o ato sexual de livre vontade, a pessoa que com ele/a praticou o ato está a cometer um crime.
Em alguns casos, também os atos sexuais praticados com crianças ou jovens entre os 14 e os 17 anos aparentemente consentidos podem constituir crime, por exemplo, quando são levados a cabo por alguém que tenha algum tipo de autoridade sobre a criança, ou quando a pessoa abusa da inexperiência desta para a levar a praticar o ato.

Sabe mais em: http://www.apavparajovens.pt/pt

Contraceção de emergência ou pílula do dia seguinte. Como e quando dever ser utilizada?

Quando é que uma mulher precisa de tomar a contraceção de emergência?
Depois da relação sexual sem proteção ou se houver falha do método habitual (por exemplo, rutura do preservativo ou esquecimento da pílula).Mesmo as mulheres que têm contra-indicações para o uso habitual da pílula podem fazer a contraceção de emergência com segurança, porque a dose é única e de curta duração.

Quando é que a contraceção de emergência deve ser tomada?
Dentro das 72 horas e, no máximo, até ao 5.º dia.

A contraceção de emergência é eficaz?
A eficácia é tanto maior quanto mais cedo for usada a contraceção de emergência. O risco de gravidez é 4 a 8 vezes superior quando não se utiliza a contraceção de emergência.

A contraceção de emergência tem efeitos secundários?
A contraceção de emergência é, geralmente, bem tolerada. No entanto, podem surgir algumas queixas, após a toma da contraceção de emergência, como:
  • Náuseas e vómitos (25% das mulheres podem sentir náuseas e dessas apenas metade poderá ter vómitos);
  • Tensão mamária;
  • Cefaleias;
  • Tonturas;
  • Fadiga;
  • Diarreia;
  • Pequenas perdas de sangue.
Estes sintomas, que não estão associados, habitualmente, a qualquer problema, tenderão a desaparecer. Se estiver preocupada com algum destes efeitos, consulte um profissional de saúde.

A contraceção de emergência tem implicações na saúde da mulher?
A contraceção de emergência é segura para a saúde da mulher. A pílula do dia seguinte, como também é conhecida, não está associada a infertilidade, má formação fetal ou risco aumentado de gravidez fora do útero, como por vezes se ouve dizer. Mesmo nas mulheres que necessitaram de tomar mais do que uma pílula do dia seguinte, no mesmo ciclo menstrual, não foram relatados efeitos adversos graves.

Como funciona a contraceção de emergência?
A contraceção de emergência atua pelos mesmos mecanismos que a pílula de toma regular: atrasa ou impede a ovulação e previne a fertilização ou a implantação. Se já estiver grávida, a contraceção de emergência não interrompe a gravidez.

A contraceção de emergência é abortiva?
A contraceção de emergência não é abortiva, pois não é efetiva se a mulher já estiver grávida. Diz-se que a mulher está grávida quando o ovo se fixa no útero (nidação).

 Onde posso obter a contraceção de emergência?
Está disponível gratuitamente nos centros de saúde (horário normal de funcionamento e nos serviços de atendimento permanente), nos serviços de urgência de ginecologia dos hospitais, nos centros de atendimento para jovens e no Instituto Português da Juventude. Na farmácia pode ser comprada sem receita médica.
Os jovens podem obter a contraceção de emergência, bem como todos os outros métodos contracetivos, em qualquer serviço de saúde, não sendo obrigatório recorrer ao centro de saúde da sua área de residência.
Como se toma? Deve ser tomada nos primeiros 5 dias após as relações desprotegidas, sabendose que, quanto mais cedo for tomada, maior a sua eficácia. Cada embalagem contém apenas um comprimido, que deve ser tomado com alimentos, para diminuir a ocorrência de náuseas.

O retorno à fertilidade é imediato após a contraceção de emergência?
Sim, o retorno à fertilidade é imediato. Por isso, é muito importante usar outro método (como o preservativo) até aparecer a menstruação. Ou seja, é possível engravidar logo depois de fazer a contraceção de emergência.

O que é mais eficaz: a contraceção de emergência ou a pílula de toma diária?
A pílula de toma diária é muito mais eficaz que a contraceção de emergência. A pílula de toma diária tem uma eficácia de 99% se for tomada de uma forma correta, regular e continuada.

Como é que sei se a contraceção de emergência foi eficaz?
Se tiver o seu período menstrual. A menstruação poderá antecipar-se ou atrasar-se mais ou menos uma semana face à data prevista.

E se o período não surgir?
Caso o período não surja ou se o fluxo menstrual for invulgar, deverá consultar um profissional de saúde para realizar um teste de gravidez.

E se a contraceção de emergência falhar e ficar grávida? A contraceção de emergência pode fazer mal ao feto?
Não, não faz mal ao feto. Após um teste de gravidez positivo, a mulher deve, o mais cedo possível, iniciar a vigilância da gravidez. As consultas de saúde materna e os exames necessários para uma correta vigilância da gravidez são gratuitos nos centros de saúde.

Outras informações úteis…
  • A contraceção de emergência não protege das infeções de transmissão sexual.
  • Usar a contraceção de emergência de forma repetida não prejudica a saúde, ao contrário do que muitas vezes se anuncia. Mas é, sem dúvida, um sinal de que se deve procurar uma contraceção regular, mais eficaz e mais barata.