Contraceção de emergência

Contracepção de emergência

"Esta é apenas uma história em que um rapaz conhece uma rapariga
Fazem amor... o preservativo rompe-se (...)" 

Veja o novo vídeo sobre o mecanismo de ação da contraceção hormonal de emergência





Fonte: APF- Associação para o Planeamento da Família 


Nova Linha de Apoio à Vítima (LAV) da APAV

No dia 22 de Fevereiro assinalou-se o Dia Europeu da Vítima de Crime, instituído pelo Victim Support Europe, que reúne serviços de apoio à vítima de 26 países europeus, para recordar os direitos de quem é vítima de crime.
Assinalando o Dia Europeu da Vítima de Crime, a APAV apresenta uma nova campanha de sensibilização.
A Linha de Apoio à Vítima (LAV) da APAV – 116 006 – corresponde ao número de apoio à vítima europeu e é um serviço de atendimento telefónico, gratuito e confidencial, adequado às necessidades de cada vítima de crime e/ou violência, que trabalha numa rede de parcerias com as entidades judiciárias e policiais, possibilitando um encaminhamento rápido do caso da vítima para as entidades competentes.
O projeto pretendeu criar, a nível nacional, um sistema integrado que permita uma triagem eficaz e uma resposta ajustada às necessidades das vítimas de crime e de violência, bem como aos seus familiares e amigos. A introdução do número europeu de apoio a vítimas de crime em Portugal, através da Linha de Apoio à Vítima da APAV, surge como um objetivo há muito ambicionado e pretende contribuir para o caminho da padronização do apoio à vítima na Europa, possibilitando o alargamento do apoio às vítimas de crime, independentemente da sua localização na União Europeia.

A campanha de sensibilização parte do mote “A violência esconde-se no silêncio” com o objetivo de promover a Linha de Apoio à Vítima.

Falar de sexo e sexualidade de forma segura - Mitos que só complicam! - Parte 2

Só queremos contribuir para que tenhas uma vivência da sexualidade mais segura e feliz. 








Falar de sexo e sexualidade de forma segura - Mitos que só complicam!


Viver tem riscos e a força da vida que é a Sexualidade também os tem.
Viver (aprender a viver) a Sexualidade da forma que for mais gratificante e enriquecedora para cada um(a) é um direito de cada jovem.

A boa informação, isenta e verdadeira, e a reflexão sobre os sentimentos, as atitudes e os valores de uns e de outros é essencial para a comunicação entre os parceiros e para compreender as emoções, às vezes contraditórias, que surgem dentro de ti.

O Projeto Adoles(Ser) quis contribuir para que seja mais fácil para os jovens encontrarem espaços e interlocutores para falar de sexo e de sexualidadeAo longo de cerca de dois anos, a equipa partilhou conhecimentos, experienciou sentimentos e atitudes diversas, no respeito pelo Outro, diferente. Pelo caminho, foi tecendo cumplicidades e, mais importante, ajudando a construir outras. O Guia de Boas Práticas Adoles (Ser) - Sexualidade e Afectos, disponível na íntegra aqui http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Esaude/guia_adoles_ser.pdfsurge na sequência deste projeto realizado na Maternidade Dr.Alfredo da Costa (MAC) e da necessidade de partilhar e transmitir informações que pretendam consolidar conhecimentos e competências. Deste modo, selecionamos um conjunto de respostas que desconstroem mitos e que só complicam a informação que chega até ti. 

Só queremos contribuir para que tenhas uma vivência da sexualidade mais segura e feliz. 












Amores difíceis na adolescência [][][]


Nem sempre as relações correm bem e o que parecia ser um mar de rosas pode transformar-se em algo que te provoca desequilíbrios emocionais, abusos de poder, dor física e dor psicológica. Situações de excessiva dependência também não são saudáveis deixando a individualidade de cada um, num isolamento que em nada promove o teu desenvolvimento social e emocional. 
As várias situações mencionadas podem-te provocar comportamentos sexuais de risco, isolamento, disfunções do comportamento alimentar, reações psicossomáticas, ansiedade, depressão, ideação suicida e insucesso escolar. Não tenhas medo... pede ajuda. Os teus pais ou familiares próximos vão perceber os teus sinais de tristeza profunda,  a desmotivação para as atividades normais, o isolamento e afastamento do grupo de amizades. Sendo este um ciclo difícil de interromper, deve no entanto ser parado pelo apoio de familiares e amigos e muitas vezes, por uma orientação específica e profissional, dado o seu grau de desenvolvimento. ACEITA A AJUDA!  
O desgosto amoroso pode ser bastante sofrido na adolescência. Tal como existem sentimentos de excessiva euforia, também os picos de tristeza e depressão estão presentes nos relacionamentos amorosos da adolescência. O apoio dos teus pais é fundamental, eles vão ajudar-te a aproximar-te de um estado mais racional, e ao mesmo tempo, ajudar-te a lidar com os sentimentos presentes que muitas vezes são sentidos pela primeira vez. Ajudar a identificar estes sentimentos é já um primeiro passo para aprender a lidar com eles, seguindo-se um luto, que pode levar algum tempo a ser ultrapassado, mas que se torna mais saudável quando existe diálogo e compreensão por parte dos teus pais ou cuidadores.
Apela aos teus pais o respeito que devem ter pelos teus sentimentos. Fá-los perceber que incentivar, proibir ou desprezar em nada contribui para o teu desenvolvimento emocional. Não te isoles, procura o diálogo e partilha o que sentes, irás tornar a vossa relação mais aberta e firme e terás espaços de conversação quando assim o necessitas. Ninguém nasce preparado para os altos e baixos das relações amorosas, e será importante aprender a lidar com os dois pólos (euforia e angústia), para uma melhor preparação para o amor futuro.
Por vezes os pais sentem a necessidade de pôr fim à relação amorosa dos filhos. Os “travões” são sempre perigosos pois podem suscitar reações opostas às desejáveis. No entanto há situações em que os riscos são muitos e as evidências de desequilíbrio também, podendo suscitar maior preocupação por parte dos pais. Pela experiência e visão geral da situação os pais podem detetar perigos difíceis de perceber pelos filhos. Nestes casos o “travão” deve incluir sempre diálogo, respeito e compreensão e tu deverás aceitar, por mais difícil que seja, esta visão e pensar e pensar sobre o assunto. Certamente que conseguirás ver na outra pessoa características que até então não vias, características essas que podem condicionar a tua vida (exemplo: envolvimento com drogas, comportamentos agressivos, roubos etc.).   
Todas os temas suscetíveis de te criar desequilíbrios emocionais e riscos à integridade física e psicológica são importantes e devem ser vistos como tal por todos os que lidam contigo. Nunca tenhas medo de mostrar o que sentes às pessoas que te são mais próximas, pois aí estarás a resolver alguns problemas familiares (pela preocupação que têm contigo!) e a contribuir para que te sintas melhor, muito melhor e mais confiante em ti e nas tuas potencialidades. 

A primeira vez [] [] []




A primeira vez de quê? Existem muitas "primeira vez" na experiência amorosa! A primeira paixão, o primeiro beijo, a primeira carícia, a primeira vez que estão despidos à frente de alguém! A primeira relação sexual! São muitas as expetativas ligadas à primeira vez em que vamos estar numa situação de mais intimidade com outra pessoa.
Queremos que tudo corra na perfeição, que seja o momento perfeito. Crescem inquietações, ansiedades: será que ele(a) vai gostar de mim? É importante falar sobre o que gostam, o que não gostam, sobre os vossos desejos e ansiedades. 
Este é um caminho que deve ser vivido a dois. Uma aproximação gradual baseada na partilha de carícias e das sensações daí resultantes, é eficaz para aliviar possíveis tensões e/ou ansiedades. Experimentar, partilhar desejos e emoções aumenta o sentimento de segurança e descontração, tão importantes para que a intimidade vá crescendo de forma tranquila e alegre.

A virgindade
Associado à primeira vez, surge o conceito de virgindade, que pode ter várias interpretações. Se, para uns, ser virgem significa nunca ter tido um contacto sexual, para outros, significa nunca ter tido uma relação com penetração; outros ainda, atribuem o rompimento do hímen à perda da virgindade. Não existe portanto uma definição consensual do que é a virgindade.

O significado mais comum atribuído ao conceito de virgindade tem a ver com a prática sexual, em que existe a penetração do pénis na vagina havendo o rompimento do hímen. O hímen é uma membrana de pele muito fina que existe um pouco depois da entrada da vagina. As suas características diferem de mulher para mulher em função do seu grau de elasticidade.

Alguns hímenes rompem logo nas primeiras relações sexuais e provocam um sangramento, enquanto outros, por serem mais flexíveis, alargam e não sangram. Mas também se pode dar o caso de uma mulher não ter hímen, ter nascido sem ele! Noutras situações, há complicações (muito raras) em que o hímen não tem orifício. Nestes casos, o médico realiza uma intervenção cirúrgica para que o hímen fique com uma pequena abertura para a menstruação sair e/ou romper posteriormente.

A verdade sobre alguns mitos...
·         O tampão não tira a virgindade;
·         Quem se masturba não deixa de ser virgem, mesmo que a masturbação seja a dois;
·         Se a rapariga/mulher não sangrar na primeira relação sexual não significa que ela não é virgem.   
Relativamente à virgindade ouvem-se ainda muitas histórias, muitas ideias feitas…
• Será que o corpo muda quando se perde a virgindade?
• A primeira relação sexual dói?
Basicamente, o corpo não se altera quando a pessoa inicia a vida sexual. Talvez te sintas diferente, mas fisicamente o teu aspeto é o mesmo. O que por vezes sucede, é que ao sentires-te diferente, comportas-te de modo diferente, podes sentir-te mais bonita(o), mais desejada(o), confiante e amada(o). É só!  
Por outro lado, a primeira relação sexual não implica necessariamente dor. Os mitos acerca do rompimento do hímen, da penetração, são passados de boca em boca, de geração em geração. É claro que a precipitação, a falta de confiança, o não te sentires preparada(o), o medo, a ansiedade podem fazer com que os músculos da vagina fiquem mais contraídos e que não lubrifiques tanto.
Nestas circunstâncias, a relação sexual pode ser um pouco desconfortável. Quando um casal se sente preparado para ter uma relação sexual, quando sentem que chegou o momento, quando dispõem de tempo, basta deixar crescer o desejo, relaxar e desfrutar da intimidade a dois. As carícias, os gestos ternos, as palavras ditas com carinho, afeto e cuidado podem ajudar a descontrair.   
Iniciar a vida sexual é uma escolha. Uma escolha individual. E essa decisão deve ser pensada e tomada com maturidade sejam rapazes ou raparigas. Fazer amor é partilhar emoções, sensações, é confiar, é amar, é desejar, é prazer, é ser responsável, é brincar...

Tu é que decides qual é a idade certa. Porém, se as dúvidas e as questões “dançam” na tua cabeça, é melhor parares para pensar. Não existe uma idade, uma hora ou um espaço indicado ou aconselhado. Para ti a idade certa pode ser uma, para a(o) tua/teu amiga(o) outra.
Tudo depende dos teus sentimentos, do teu desejo, da tua segurança, do teu sentido de responsabilidade, da tua maturidade física e afetiva. As ideias ou os tempos das outras pessoas não te obrigam a nada.            
                                                           
Existem, no entanto, alguns aspetos que podem ajudar na tua decisão:

• Falarem um com o outro sobre os vossos sentimentos e desejos para saber se a relação sexual  é um desejo de ambos;

• Terem por perto algum suporte ao nível da Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR) (ex: Gabinete de Atendimento à Sexualidade Juvenil, Centro de Saúde) e familiar (ex: um(a) primo(a) mais velho(a), um(a) amigo(a) da família com quem possas contar);

• Informarem-se sobre os vários métodos contracetivos e prevenção de DST (Doenças sexualmente transmissíveis); 

• Decidirem, em conjunto, quais os métodos contracetivos que querem utilizar.  


RELAÇÕES SAUDÁVEIS E NÃO SAUDÁVEIS

A Associação Portuguesa de apoio à vítima (APAV) LEMBRA QUE EXISTEM RELAÇÕES SAUDÁVEIS E NÃO SAUDÁVEIS

Ter um/a namorado/a pode ser um acontecimento verdadeiramente excitante, mas também um pouco assustador. Poderão surgir algumas dúvidas e preocupações:
  • Será que ele/ela gosta mesmo de mim?
  • Será que vamos ficar juntos para sempre?
  • Será que devo confiar nele/a?
  • E se ele/a quiser ter relações sexuais? Devo ceder? Até quando devo esperar?
  • E se eu deixar de gostar dele/a? Como lhe digo isto?
  • Como resolver conflitos e discussões?
  • E se eu quiser terminar a relação?
Ter este tipo de dúvidas é natural. É importante refletir bem sobre essas questões e discuti-las com o/a teu/tua namorado/a. Podes também falar com alguém mais velho e com mais experiência.

Também é importante sermos capazes de avaliar a “saúde” da nossa relação. Só assim se conseguem identificar e resolver os problemas que possam existir.
NUMA RELAÇÃO SAUDÁVEL…
Separador
  O que se vê?
  • Risos.
  • Demonstrações de afeto e carinho.
  • O casal a divertir-se.
  • O casal a apoiar-se mutuamente.
  • O casal a tratar-se com respeito.
  • O casal a fazer coisas em conjunto e também em separado.
  • O casal a conviver com os seus amigos.
O que se ouve?
    • Risos.
    • Comentários positivos e de suporte.
    • Encorajamentos.
    • Elogios.
O que se sente?
      • Alegria.
      • Confiança.
      • Respeito.
      • Independência.
      • Carinho.
      • Apoio.
      • Compreensão.
      • Satisfação e realização
Nas relações saudáveis existe:
Separador
  • RESPEITO pelas opiniões de cada um.
  • CONFIANÇA, mesmo que haja opiniões, comportamentos ou gostos diferentes.
  • APOIO e entreajuda.
  • SEGURANÇA e partilha de momentos livres de violência.
  • HONESTIDADE e convivência sem julgamentos, manipulações ou insinuações.
  • RESPONSABILIDADE e consciência pelos próprios comportamentos e atitudes.
  • LIBERDADE pessoal, sem invasões ao espaço do outro e SEM VIOLÊNCIA.
  • CONFLITOS E DESENTENDIMENTOS, que se resolvem através da NEGOCIAÇÃO e da procura conjunta de soluções, recusando sempre a violência.
  • Algum CIÚME, sem nunca o utilizar como desculpa para agredir, magoar, assustar ou humilhar a outra pessoa.
NUMA RELAÇÃO NÃO SAUDÁVEL…
Separador
O que se vê?
  • Um ou os dois elementos do casal assustados, com receio de fazerem algo que o outro não goste.
  • Discussões.
  • Reações ciumentas e despropositadas.
  • Violência.
  • Um ou os dois elementos do casal a controlar o que o outro faz, onde vai e com quem vai.
  • Um ou os dois elementos do casal afastados dos amigos.
  • Os elementos do casal demasiado dependentes um do outro.
  • O casal a tratar-se sem respeito, nem afeto.
O que se ouve?
·         Discussões.
·         Choro.
·         Insultos.
·         Queixas.
O que se sente?
·         Vazio.
·         Receio.
·         Tristeza.
·         Desânimo
·         Desespero.
·         Raiva.
·         Culpa.
·         Controlo.
·         Solidão.
·         Mágoa.
·         Insatisfação.
Nas relações não saudáveis existe:Separador
  • PODER, CONTROLO e INTIMIDAÇÃO, através de ações verbais ou físicas que causam medo.
  • ISOLAMENTO e controlo dos passos, atividades e amizades da outra pessoa.
  • NEGAÇÃO do impacto negativo que os comportamentos agressivos, intimidatórios ou violentos têm na outra pessoa.
  • AMEAÇAS e PRESSÕES.
  • VIOLÊNCIA física, verbal, emocional, psicológica, sexual e/ou financeira.

A violência é um obstáculo para o desenvolvimento de relações positivas e saudáveis.
Se achas que a violência está presente na tua relação de namoro, não cruzes os braços…