Ciúme não é amor.

Olá caros jovens, deixamo-vos o contributo de UMAR, uma associação que luta contra a violência.

A violência nas relações afetivas não se verifica apenas na violência entre casais (30%); segundo dados estatísticos, este fenómeno chocante acontece cada vez mais também nas relações entre jovens namorados (25%).

A UMAR vem desenvolvendo, com apoio da CIG, do POPH e do QREN, um Projeto - “Mudanças com Arte II” - direcionado especificamente para alunos/as de escolas do distrito do Porto, visando, além da promoção dos Direitos Humanos, especialmente a sensibilização e prevenção das várias formas de violência, entre elas a violência do namoro.

A UMAR continua com efeito, entre outras causas, a lutar por relações de namoro sem violência. Os números sobre esta problemática divulgam que 5% das raparigas e 2% dos rapazes sofreram violência física. Sendo que nos/as jovens a violência psicológica possui um maior impacto, já que 25% das raparigas e 24% dos rapazes confessam ser ou ter sido vítimas deste tipo de fenómeno.

Para além dos dramas ao nível das relações afetivas, a Coordenadora do projeto, Cecília Loureiro, salienta que este fenómeno constitui igualmente um problema de saúde pública, pelas experiências traumatizantes que acarreta, exigindo-se, por isso, uma ação precoce mais interventiva.

Torna-se evidente a necessidade de sensibilizar os/as jovens no sentido destes poderem construir relações de intimidade equilibradas com base no amor e no respeito, tendo sempre noção que as formas de violência possíveis de serem praticadas são bastante diversificadas, sendo que muitas destas são tão subliminares que acabam por ser normalizadas dando origem a mitos que fomentam consequências nefastas, como a, baixa auto-estima, isolamento, angústia, depressão, danos físicos, quebra no rendimento académico e ansiedade entre outras. Por isso mesmo, os ciúmes excessivos, o sentido de posse, o controlo, a limitação das amizades e a invasão da privacidade pelo/a outro/a são interpretados por muitos/as jovens como demonstrações de amor e de cuidado e não como formas de violência.

Na maioria das vezes, este tipo de fenómeno passa despercebido aos olhares menos atentos e as vítimas vão vivenciando um ciclo vicioso de desculpabilização baseada no medo, na vergonha e na idílica ideia de que um dia o/a agressor/a se irá transformar no seu/sua príncipe/princesa encantado/a.

Se precisares de ajuda contacte-nos através do email: amornaoviolento@gmail.com


UMAR - Projecto Mudanças com Arte
Rua da Cruz, número 13,
4200-247 Porto

Mail: mudancascomarte.umar@gmail.com
Tel: 225493135
Tlm: 916869991

A Equipa Técnica
Cecília Loureiro: Coordenadora do Projeto, Psicóloga
Ariana Correia
Emanuel Oliveira
Helena Velho
Inês Freitas

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