A diversificação dos comportamentos sexuais

Quando o rapaz ou a rapariga atinge a puberdade sente de forma acentuada a necessidade de obter satisfação sexual e sente-se fortemente atraído(a) por inúmeros estímulos sexuais, de acordo com os seus gostos e preferências pessoais. A satisfação destas necessidades expressa-se através de comportamentos sexuais.  

Quantas vezes ouviste os teus amigos e amigas falarem acerca das suas experiências sexuais e pensares “ mas eu nunca fiz isso” ou “nunca fiz dessa forma” ou, ainda, “não me lembro de ter sentido isso”- será que sou normal?  
Pelo facto de as pessoas não vivenciarem as suas experiências sexuais da mesma forma, não significa que sejam anormais, antes pelo contrário, significa apenas que não existem duas pessoas iguais e que, portanto, também ao nível do comportamento sexual as diferenças existem.  

Importa realmente é que tentes descobrir quais os comportamentos sexuais que são mais satisfatórios para ti e que estejas disponível para desfrutar de novas experiências.

Para que possas perceber e escolher os teus comportamentos sexuais, tem atenção às informações e às mensagens que recebes através de revistas, internet, filmes, ou até mesmo que ouves dos teus amigos e amigas, pois nem sempre essas mensagens se “encaixam” nas tuas necessidades. 
Para entender o comportamento sexual individual é necessário ter em conta os processos implicados na sequência que vai desde o estímulo sexual até aos comportamentos da pessoa.  
Perante o mesmo estímulo cada pessoa vai processar esse facto de forma diferente devido às suas características físicas, aos seus afetos e à sua maneira de pensar e de sentir, dando origem consequentemente a comportamentos sexuais diferentes.
As tuas escolhas e/ou experiências podem ter significados diferentes para ti e para um/a amigo/a teu, pois cada um vivencia os afetos, as ligações, a atração, o desejo, etc., à sua maneira.
 IPJ

Doenças Sexualmente Transmissiveis

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são doenças infecciosas, provocadas por microorganismos, como vírus, bactérias e protozoários, que se transmitem através do contacto sexual, desde que um dos parceiros esteja infectado. A possibilidade de infecção ou transmissão de uma DST é maior com o aumento do número de parceiros sexuais.
As DST mais frequentes e mais graves são:
Chlamydia: transmite-se através do sexo vaginal, anal e oral. Os sintomas aparecem de 7 a 21 dias depois de ter relações sexuais, como corrimento genital anormal e ardor ao urinar (disúria). Nas mulheres pode haver também dor abdominal baixa ou dores durante as relações sexuais (dispareunia). Nos homens pode existir inchaço e dores nos testículos. Se não for tratada pode causar danos nos orgãos reprodutores ou esterilidade permanente. Uma mãe infectada pode contagiar o bebé durante o parto, provocando um nascimento prematuro, pneumonia e infecções dos olhos do recém-nascido. Tratamento com antibióticos.
Gonorreia: transmite-se através do sexo vaginal, anal e oral. Os sintomas aparecem geralmente 2 a 10 dias após a relação sexual, como corrimento purulento pela uretra, ou pelo recto, ardor, prurido e vermelhidão local. Se não for tratada pode provocar infertilidade e dores pélvicas crónicas nas mulheres e esterilidade nos homens. Pode causar doenças das articulações, do coração ou do cérebro. Nas crianças infectadas durante o parto podem cegueira e doenças como meningite e artrite. Tratamento com antibióticos.
Hepatite B: transmite-se através do sexo vaginal, anal e oral, de partilha de seringas, de tatuagens ou “piercings” com instrumentos não esterilizados e através de transfusões ou contacto com sangue contaminado. Os sintomas aparecem entre 1 e 9 meses depois de contacto com o vírus da hepatite B, como febre, cefaleias, dores musculares, fadiga, perda de peso e de apetite, vómitos e diarreia. A lesão no fígado pode provocar urinas escuras, dores abdominais e icterícia. A maioria dos doentes evoluem para a recuperação, mas permanecem portadores da doença. A hepatite crónica pode evoluir para cirrose ou cancro do fígado. As grávidas infectadas podem transmitir a doença aos filhos que se podem tornar portadores crónicos. Não existe cura para a doença instalada.
Herpes genital: transmite-se por contacto pele com pele durante as relações sexuais vaginais, orais ou anais. Os sintomas aparecem de 2 a 30 dias depois de ter relações sexuais, como comichão (prurido) e sensação de queimadura nas zonas genitais. Podendo provocar também dores nas pernas, nádegas e zonas genitais, corrimento vaginal, dores ao urinar e inchaço dos glânglios das virilhas. Não existe cura, podendo-se apenas reduzir bastante o tempo de recuperação com a toma de certos medicamentos.
Papiloma Vírus Humano (PHV): os vírus são transmitidos por contacto da pele infectada e com lesões com a pele de outra pessoa, durante as relações sexuais vaginais, orais ou anais, ou contacto acidental não sexual e de objectos de uso diário. O sintoma mais evidente é a formação de verrugas, com o aparecimento de condilomas que se desenvolvem no interior das zonas genitais, anais ou garganta. Não existe cura definitiva para a infecção sendo os meios de tratamento variados. As pessoas infectadas correm o risco de cancro do colo do útero, da vulva, da vagina, do pénis e do anús, devendo portanto realizar exames regularmente para vigilância.
Pediculose Púbica (“chatos”) : transmite-se por contacto sexual directo, passando os piolhos, larvas ou os ovos dos pêlos púbicos do hospedeiro para os do novo contagiado, podendo afectar raramente também as pestanas, pêlos axilares, coxas e pêlos do peito. O principal sintoma é o prurido intenso. O tratamento é efeito através da aplicação repetida de champô de lindano (Musside, Parasil, parasiticida Barral, Sacordema), e nas pestanas de vaselina, devendo ser lavados a quente os lençóis e roupa vestida nos últimos três dias.
HIV/Sida: transmite-se através do sexo oral, vaginal e anal, do contacto com sangue infectado ou derivados e da partilha de seringas com uma pessoa infectada. Os sintomas não são sentidos por todas as pessoas que contraem a infecção, sendo estes semelhantes aos de uma gripe, como febre, perda de apetite, perda de peso, fadiga e aumento dos gânglios, e desaparecendo geralmente ao fim de uma semana a um mês, e podendo o vírus estar “adormecido” durante vários anos. No entanto, este vai destruindo o sistema imunitário da pessoa infectada, deixando-a cada vez mais vulnerável a outras infecções que podem levar à morte, como a pneumonia, a tuberculose, a meningite, o sarcoma de Kaposi e outros tipos de cancro, e passando esta a ser um veículo de contágio. Não existe cura, mas certas drogas são utilizadas em conjunto para retardarem o aparecimento do estado final da doença, bem como antibióticos e anti-retrovíricos para combater outras infecções. Das crianças nascidas de mães infectadas com o HIV cerca de 20 a 30% contraem a infecção.
Sífilis: transmite-se habitualmente através de relações sexuais vaginais, orais ou anais. Os sintomas na sua fase inicial, entre 3 e 12 semanas após as relações sexuais, são lesões indolores que se localizam geralmente nas zonas genitais, podendo também aparecer noutros locais do corpo. Esta pode ser tratada com penicilina. Se não for tratada, esta pode causar sérias lesões do coração, cérebro, olhos, sistema nervoso, ossos e articulações, podendo levar à morte, e estando a pessoa infectada igualmente mais exposta a contrair SIDA através das lesões que possui na pele. A grávida normalmente transmite a doença ao feto, caso não seja tratada, podendo ocorrer aborto e morte no período pós-natal. Caso não seja detectada a tempo, as crianças poderão ainda desenvolver lesões nos olhos, cérebro e coração.
Doença Inflamatória Pélvica: infecção bacteriana dos orgãos pélvicos femininos, como a infecção dos trompas, do endométrio (camada de revestimento do útero) e dos ovários. Os sintomas são dores persistentes, sensação de peso no baixo ventre, dores durante e após as relações sexuais, febre persistente, sangramento ou corrimento vaginal, arrepios. O tratamento é fundamental pois a infecção das trompas pode levar à infertilidade.

Infecções Sexualmente Transmissíveis



As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são aquelas que, normalmente, se transmitem ou contagiam durante uma relação sexual. O risco de contágio existe durante a relação sexual vaginal, anal ou oral (não apenas quando há penetração, mas também quando há um contacto direto com a zona), pois as principais vias de transmissão são as mucosas da boca, os órgãos genitais e o ânus.

Existem mais de 30 tipos de DST, sendo as mais comuns: tricomoníase, infeção por clamídias, herpes genital, condilomas ou verrugas genitais (causados pelo HPV), sífilis, gonorreia, VIH e alguns tipos de hepatite.

Embora muitas das DST possam ser totalmente curadas se o tratamento for devidamente concluído e se seguires os conselhos do teu médico, algumas podem originar problemas graves e consequências sérias como a esterilidade. Contudo, o melhor tratamento para as doenças sexualmente transmissíveis é a prevenção. Independentemente do método contracetivo que uses, o preservativo é o melhor modo de prevenir estas infeções. Para o preservativo ser eficaz, é preciso usá-lo sempre, desde o início e durante toda a relação sexual.

Além disso, é importante que evites qualquer contacto sexual se tiveres sintomas de uma doenças ou com uma pessoa que tenha uma DST até esta estar curada. Também deves ter em conta que algumas destas doenças praticamente não apresentam sintomas evidentes no início, e, portanto, uma pessoa infetada pode continuar a contagiar a doença durante muito tempo sem ter consciência disso e sem dar sinais.

Se te diagnosticarem uma DST, é importante que avises o/s parceiro/s com quem recentemente tiveste relações sexuais. Deves informá-lo/s acerca da possibilidade de contágio, mesmo que não tenham sintomas. É sempre recomendável consultarem um médico e seguirem as suas instruções.


Um Cick Para a Saúde - Adolescentes e Jovens!



Atualmente, existem diversos serviços de despiste (anónimos, confidenciais e gratuitos) que efetuam esta análise sem necessidade de te identificares ou apresentares qualquer tipo de documento ou relatório médico. São os Centros de Aconselhamento e Deteção Precoce do VIH (CAD).   

Para mais informações, telefona para a Sexualidade em Linha (808 222 003).       

Ficar infetado ou não com o vírus do VIH depende de ti! Depende do que fazes, não de quem és!    

10 mitos sobre sexo seguro e saúde sexual


Fica a saber a verdade sobre as tuas dúvidas mais íntimas.


A melhor forma de conseguir informação sobre a tua saúde sexual é perguntando ao teu médico, no entanto, e devido a diversas razões, é natural que acabes por pesquisar na internet as respostas a perguntas mais íntimas. Contudo, há que avaliar os resultados de pesquisa com alguma precaução, uma vez que, de acordo com um estudo da Universidade de Stanford, sobre a saúde reprodutiva dos adolescentes, os sites de saúde estão muitas vezes repletos de erros, omissões e com informação desatualizada, não sendo uma tarefa fácil encontrar a verdade sobre mitos comuns.
A Dra. Sophia Yen, investigadora principal do estudo e especialista em medicina de adolescentes, esclareceu alguns mitos.
MITO: Poder apanhar DST ao sentar-se numa sanita
As infeções ou doenças sexualmente transmitidas não vivem muito tempo fora do organismo – especialmente numa superfície dura e fria como um assento sanitário. Para além disso, não se encontram presentes na urina e, por isso, a probabilidade de apanhar algo de quem quer que tenha estado anteriormente na casa de banho são poucas ou nenhumas. A preocupação deve estar no contacto pele-com-pele ou boca-com-boca, aparentemente inofensivo. O ato de beijar pode espalhar herpes e a fricção da pele pode causar a transferência de infeções, como verrugas genitais, herpes ou sarna.
MITO: Na primeira vez que se tem relações sexuais não existe perigo de se engravidar
A probabilidade de arriscar é tanta na primeira vez como em qualquer outra. A Dra. Sophia refere ainda que “na verdade, algumas estatísticas dizem que 20% das pessoas engravida no primeiro mês de relações sexuais”.
MITO: Não é possível engravidar durante o período menstrual
Não é provável, mas é possível, especialmente se não usar preservativo ou tomar a pílula. Algumas mulheres têm longos períodos de menstruação, que acabam por coincidir com o período de ovulação, o que significa que podem estar férteis apesar de menstruadas.
Imaginemos que o teu ciclo é curto (21 dias, por exemplo) e que a sua menstruação dura uma semana. Se tiveres relações sexuais perto do final da sua menstruação podes engravidar, uma vez que o esperma se pode manter vivo no aparelho reprodutor até 72 horas.
MITO: As mulheres necessitam de fazer o exame do Papanicolau quando atingem os 18 anos
Em 2003, a Universidade Americana de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) alterou as suas recomendações quanto ao exame Papanicolau. Anteriormente, era recomendado que uma mulher o fizesse assim que iniciasse a sua vida sexual ou aos 18 anos de idade, conforme o que acontecesse primeiro. Hoje em dia, não é recomendado até que a mulher já esteja sexualmente ativa há cerca de três anos ou aos 21 anos de idade, pois um exame Papanicolau precoce, apesar de inofensivo, poderá causar ansiedade nas jovens, levando a que estas evitem o seu ginecologista ou deixem de questionar sobre contraceção. É importante que as jovens discutam estes assuntos com os seus médicos sem serem forçadas a realizar este tipo de testes minuciosos desnecessários.
A razão para a alteração efetuada é simples: a maioria dos casos de vírus do papiloma humano desaparece naturalmente dentro de três anos e apenas os casos que persistem (e podem, mais tarde, ser diagnosticados através do exame Papanicolau) são de verdadeira preocupação, pois podem levar ao cancro do colo do útero.
MITO: A “pílula do dia seguinte” causa aborto
O Plano B, também conhecido como “pílula do dia seguinte”, não é o mesmo que a pílula RU-486, que causa o aborto. Na verdade, se tomares a pílula do dia seguinte quando já estás grávida (ou seja, quando um ovo fertilizado já se encontra na parede do seu útero), não fará qualquer diferença. Alguns estudos passados revelam que mais de 30% das adolescentes com vida sexual ativa afirmaram acreditar que os contracetivos de emergência causavam o aborto. No estudo da Dra. Sophia Yen, 10 dos 34 websites analisados não mencionavam a diferença entre estas duas pílulas. Sophia explica que “ninguém gosta da palavra aborto, por isso, acredito que muitos sites não vão explicar que o Plano B não se trata uma pílula abortiva”.
MITO: A pílula faz engordar
Esta é uma crença presente nas mulheres de todas as idades, mas a verdade é que não existe qualquer prova clínica de correlação entre os contracetivos orais e o aumento de peso. Um tipo de contracetivo que realmente pode causar aumento de peso é a injeção de medroxiprogesterona.
MITO: O dispositivo DIU não é seguro para uso nas adolescentes
O dispositivo intrauterino (DIU) é um pequeno objeto que é inserido no útero e previne a gravidez durante um período até cerca de 12 anos.
Alguma informação desatualizada sugere que os DIUs podem aumentar o risco de doença inflamatória pélvica (DIP) em mulheres com idade inferior a 18 anos, mas, em 2007, o ACOG veio revelar que este é um método de contraceção eficaz e seguro, tanto em mulheres adultas como em adolescentes.
MITO: A vacina contra o HPV impede o cancro do colo do útero
A Gardasil e a Cervarix são vacinas que bloqueiam os dois tipos de virús do papiloma humano mais comuns. A Gardasil protege ainda contra dois tipos que causam a maioria das verrugas genitais. Contudo, cerca de 30% do cancros do colo do útero não é prevenido com estas vacinas, daí que seja importante que as mulheres continuem a fazer regularmente o exame Papanicolau, quer tenham sido vacinadas ou não.
MITO: A lavagem vaginal é uma forma saudável de manter a vagina limpa
De acordo com o The National Women’s Health Information Center, a lavagem íntima faz mais mal que bem. As bactérias naturais da vagina ajudam a que esta se mantenha saudável e natural e as lavagens podem afetar o seu equilíbrio e originar e espalhar infeções pelas trompas de Falópio, útero e ovários. As lavagens vaginais também não protegem de DST ou gravidez. Na verdade, até facilitam a gravidez, uma vez que empurram o sémen para cima para o útero.
Lavar regularmente com água morna e sabonetes suaves sem perfume ajudará a manter a parte exterior da vagina limpa. Evita tampões, pensos, pós ou sprays perfumados, pois podem aumentar a probabilidade de infeções vaginais.

Fontes:
  • Health Magazine – “Top 10 Myths About Safe Sex and Sexual Health”

Amor Adolescente

Amor Adolescente
É um lance “animal”
O amor na adolescência,
Um misto de histeria,
Loucura e inocência…
Longas noites sem dormir,
Efervescência hormonal,
Desejos, ânsias, carícias,
Sonhos, paixão radical…
Às vezes passa depressa,
Basta apenas “ficar”;
Mas é melhor é quando dura
E vai além do “namorar”…
Pode vir num turbilhão
Ou numa onda serena;
O que importa é curtir
O lance – que vale a pena…
Se pinta a decepção,
A gente cai na real;
Mas até com desenganos,
Romantismo é essencial…
Que na dor ou na bonança,
Meu amor adolescente
Seja intenso enquanto dure…
Mas que dure eternamente!
Oriza Martins