Infecções Sexualmente Transmissíveis



As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são aquelas que, normalmente, se transmitem ou contagiam durante uma relação sexual. O risco de contágio existe durante a relação sexual vaginal, anal ou oral (não apenas quando há penetração, mas também quando há um contacto direto com a zona), pois as principais vias de transmissão são as mucosas da boca, os órgãos genitais e o ânus.

Existem mais de 30 tipos de DST, sendo as mais comuns: tricomoníase, infeção por clamídias, herpes genital, condilomas ou verrugas genitais (causados pelo HPV), sífilis, gonorreia, VIH e alguns tipos de hepatite.

Embora muitas das DST possam ser totalmente curadas se o tratamento for devidamente concluído e se seguires os conselhos do teu médico, algumas podem originar problemas graves e consequências sérias como a esterilidade. Contudo, o melhor tratamento para as doenças sexualmente transmissíveis é a prevenção. Independentemente do método contracetivo que uses, o preservativo é o melhor modo de prevenir estas infeções. Para o preservativo ser eficaz, é preciso usá-lo sempre, desde o início e durante toda a relação sexual.

Além disso, é importante que evites qualquer contacto sexual se tiveres sintomas de uma doenças ou com uma pessoa que tenha uma DST até esta estar curada. Também deves ter em conta que algumas destas doenças praticamente não apresentam sintomas evidentes no início, e, portanto, uma pessoa infetada pode continuar a contagiar a doença durante muito tempo sem ter consciência disso e sem dar sinais.

Se te diagnosticarem uma DST, é importante que avises o/s parceiro/s com quem recentemente tiveste relações sexuais. Deves informá-lo/s acerca da possibilidade de contágio, mesmo que não tenham sintomas. É sempre recomendável consultarem um médico e seguirem as suas instruções.


Um Cick Para a Saúde - Adolescentes e Jovens!



Atualmente, existem diversos serviços de despiste (anónimos, confidenciais e gratuitos) que efetuam esta análise sem necessidade de te identificares ou apresentares qualquer tipo de documento ou relatório médico. São os Centros de Aconselhamento e Deteção Precoce do VIH (CAD).   

Para mais informações, telefona para a Sexualidade em Linha (808 222 003).       

Ficar infetado ou não com o vírus do VIH depende de ti! Depende do que fazes, não de quem és!    

10 mitos sobre sexo seguro e saúde sexual


Fica a saber a verdade sobre as tuas dúvidas mais íntimas.


A melhor forma de conseguir informação sobre a tua saúde sexual é perguntando ao teu médico, no entanto, e devido a diversas razões, é natural que acabes por pesquisar na internet as respostas a perguntas mais íntimas. Contudo, há que avaliar os resultados de pesquisa com alguma precaução, uma vez que, de acordo com um estudo da Universidade de Stanford, sobre a saúde reprodutiva dos adolescentes, os sites de saúde estão muitas vezes repletos de erros, omissões e com informação desatualizada, não sendo uma tarefa fácil encontrar a verdade sobre mitos comuns.
A Dra. Sophia Yen, investigadora principal do estudo e especialista em medicina de adolescentes, esclareceu alguns mitos.
MITO: Poder apanhar DST ao sentar-se numa sanita
As infeções ou doenças sexualmente transmitidas não vivem muito tempo fora do organismo – especialmente numa superfície dura e fria como um assento sanitário. Para além disso, não se encontram presentes na urina e, por isso, a probabilidade de apanhar algo de quem quer que tenha estado anteriormente na casa de banho são poucas ou nenhumas. A preocupação deve estar no contacto pele-com-pele ou boca-com-boca, aparentemente inofensivo. O ato de beijar pode espalhar herpes e a fricção da pele pode causar a transferência de infeções, como verrugas genitais, herpes ou sarna.
MITO: Na primeira vez que se tem relações sexuais não existe perigo de se engravidar
A probabilidade de arriscar é tanta na primeira vez como em qualquer outra. A Dra. Sophia refere ainda que “na verdade, algumas estatísticas dizem que 20% das pessoas engravida no primeiro mês de relações sexuais”.
MITO: Não é possível engravidar durante o período menstrual
Não é provável, mas é possível, especialmente se não usar preservativo ou tomar a pílula. Algumas mulheres têm longos períodos de menstruação, que acabam por coincidir com o período de ovulação, o que significa que podem estar férteis apesar de menstruadas.
Imaginemos que o teu ciclo é curto (21 dias, por exemplo) e que a sua menstruação dura uma semana. Se tiveres relações sexuais perto do final da sua menstruação podes engravidar, uma vez que o esperma se pode manter vivo no aparelho reprodutor até 72 horas.
MITO: As mulheres necessitam de fazer o exame do Papanicolau quando atingem os 18 anos
Em 2003, a Universidade Americana de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) alterou as suas recomendações quanto ao exame Papanicolau. Anteriormente, era recomendado que uma mulher o fizesse assim que iniciasse a sua vida sexual ou aos 18 anos de idade, conforme o que acontecesse primeiro. Hoje em dia, não é recomendado até que a mulher já esteja sexualmente ativa há cerca de três anos ou aos 21 anos de idade, pois um exame Papanicolau precoce, apesar de inofensivo, poderá causar ansiedade nas jovens, levando a que estas evitem o seu ginecologista ou deixem de questionar sobre contraceção. É importante que as jovens discutam estes assuntos com os seus médicos sem serem forçadas a realizar este tipo de testes minuciosos desnecessários.
A razão para a alteração efetuada é simples: a maioria dos casos de vírus do papiloma humano desaparece naturalmente dentro de três anos e apenas os casos que persistem (e podem, mais tarde, ser diagnosticados através do exame Papanicolau) são de verdadeira preocupação, pois podem levar ao cancro do colo do útero.
MITO: A “pílula do dia seguinte” causa aborto
O Plano B, também conhecido como “pílula do dia seguinte”, não é o mesmo que a pílula RU-486, que causa o aborto. Na verdade, se tomares a pílula do dia seguinte quando já estás grávida (ou seja, quando um ovo fertilizado já se encontra na parede do seu útero), não fará qualquer diferença. Alguns estudos passados revelam que mais de 30% das adolescentes com vida sexual ativa afirmaram acreditar que os contracetivos de emergência causavam o aborto. No estudo da Dra. Sophia Yen, 10 dos 34 websites analisados não mencionavam a diferença entre estas duas pílulas. Sophia explica que “ninguém gosta da palavra aborto, por isso, acredito que muitos sites não vão explicar que o Plano B não se trata uma pílula abortiva”.
MITO: A pílula faz engordar
Esta é uma crença presente nas mulheres de todas as idades, mas a verdade é que não existe qualquer prova clínica de correlação entre os contracetivos orais e o aumento de peso. Um tipo de contracetivo que realmente pode causar aumento de peso é a injeção de medroxiprogesterona.
MITO: O dispositivo DIU não é seguro para uso nas adolescentes
O dispositivo intrauterino (DIU) é um pequeno objeto que é inserido no útero e previne a gravidez durante um período até cerca de 12 anos.
Alguma informação desatualizada sugere que os DIUs podem aumentar o risco de doença inflamatória pélvica (DIP) em mulheres com idade inferior a 18 anos, mas, em 2007, o ACOG veio revelar que este é um método de contraceção eficaz e seguro, tanto em mulheres adultas como em adolescentes.
MITO: A vacina contra o HPV impede o cancro do colo do útero
A Gardasil e a Cervarix são vacinas que bloqueiam os dois tipos de virús do papiloma humano mais comuns. A Gardasil protege ainda contra dois tipos que causam a maioria das verrugas genitais. Contudo, cerca de 30% do cancros do colo do útero não é prevenido com estas vacinas, daí que seja importante que as mulheres continuem a fazer regularmente o exame Papanicolau, quer tenham sido vacinadas ou não.
MITO: A lavagem vaginal é uma forma saudável de manter a vagina limpa
De acordo com o The National Women’s Health Information Center, a lavagem íntima faz mais mal que bem. As bactérias naturais da vagina ajudam a que esta se mantenha saudável e natural e as lavagens podem afetar o seu equilíbrio e originar e espalhar infeções pelas trompas de Falópio, útero e ovários. As lavagens vaginais também não protegem de DST ou gravidez. Na verdade, até facilitam a gravidez, uma vez que empurram o sémen para cima para o útero.
Lavar regularmente com água morna e sabonetes suaves sem perfume ajudará a manter a parte exterior da vagina limpa. Evita tampões, pensos, pós ou sprays perfumados, pois podem aumentar a probabilidade de infeções vaginais.

Fontes:
  • Health Magazine – “Top 10 Myths About Safe Sex and Sexual Health”

Amor Adolescente

Amor Adolescente
É um lance “animal”
O amor na adolescência,
Um misto de histeria,
Loucura e inocência…
Longas noites sem dormir,
Efervescência hormonal,
Desejos, ânsias, carícias,
Sonhos, paixão radical…
Às vezes passa depressa,
Basta apenas “ficar”;
Mas é melhor é quando dura
E vai além do “namorar”…
Pode vir num turbilhão
Ou numa onda serena;
O que importa é curtir
O lance – que vale a pena…
Se pinta a decepção,
A gente cai na real;
Mas até com desenganos,
Romantismo é essencial…
Que na dor ou na bonança,
Meu amor adolescente
Seja intenso enquanto dure…
Mas que dure eternamente!
Oriza Martins

Período fértil

É a fase do mês em que a mulher está a ovular. Habitualmente, o período fértil ocorre, em média, 14 dias antes da menstruação, numa mulher que tenha menstruações regulares a cada 28 dias. 
Durante o período fértil o óvulo maduro sai do ovário para as trompas de falópio, em direção ao útero, encontrando-se disponível para ser fertilizado pode ser penetrado por um espermatozóide dando início a uma gravidez. Este é o momento da concepção. Quando o óvulo não é fecundado, é eliminado pelo organismo através da menstruação, geralmente duas semanas após o início do processo da ovulação. A parede do útero fica mais espessa e coberta com uma mucosa protectora para se preparar para fertilizar o óvulo. Se não existir fecundação a mucosa da parede uterina irá ser expulsa. A expulsão do óvulo não fertilizado com a mucosa uterina é a fase da menstruação.
O ciclo da ovulação divide-se em duas partes:
1ª Fase - A primeira fase da ovulação é chamada a fase folicular. Esta fase inicia no primeiro dia do último período menstrual e continua até à altura da ovulação. A primeira parte do ciclo muda muito de mulher para mulher, podendo durar de 7 até 40 dias.
2ª Fase - A segunda fase do ciclo é chamada a fase lútea. Esta fase dura desde o dia da ovulação até ao primeiro dia do próximo período menstrual. A fase lútea tem uma linha de tempo mais precisa e dura, habitualmente, 12 a 16 dias depois do dia da ovulação. O dia da ovulação acaba por determinar a duração deste ciclo. Isto também significa que factores como o stress, doença, e mudanças drásticas na rotina diária poderão mudar o dia da ovulação e afectar a fase posterior.
Determinar o período fértil é a forma de saber quando a ovulação irá decorrer, e isto inclui estudar o muco cervical e a temperatura através de um termómetro basal. O fluído cervical transforma-se numa substância húmida e escorregadia que se assemelha à clara de ovo, imediatamente antes da ovulação ocorrer e até a ovulação terminar. O termómetro basal ajuda a detectar o aumento da temperatura do corpo, altura em que a ovulação acabou de ocorrer, apesar de ser algo muito falível pois a temperatura do corpo pode alterar-se em variadíssimas circunstâncias.
Sinais e sintomas do período fértil

Algumas mulheres sentem pontadas durante a ovulação, mas muitas há que não sentem nada e não há mais nenhum sinal que indique que está em curso a ovulação. No entanto, há outros sinais característicos que podes identificar, embora isso implique estar atenta ao teu corpo e suas transformações. Algumas mulheres têm sintomas particulares como uma pequena dor no baixo ventre, ou uma dor de cabeça, algumas têm alteração do apetite…
Habitualmente, o muco cervical (corrimento) éuma secreção transparente, sem cheiro, semelhante à clara do ovo. Se estiveres atenta verificas que ao longo do ciclo menstrual o corrimento vai tendo características diferentes conforme a fase em que se encontra: espessura, cor e odor. Para além disso, outro sinal a que podes estar atenta é a temperatura corporal que se encontrará ligeiramente elevada na fase de ovulação.
Como calcular o período fértil
Existem três factores que devem ser associados para se calcular o período fértil:
1º - O dia da ovulação ocorre de 12 a 16 dias antes da menstruação, uma média de 14 dias. Então é necessário saber qual será a data aproximada da próxima menstruação, subtrair 14 dias e aí teremos o dia aproximado da ovulação. Exemplo: uma mulher tem o ciclo menstrual de 30 dias. Se a menstruação vier no dia 15 de Dezembro, a próxima menstruação será no dia 15 de Janeiro, então 15 menos 14 dá 01, o dia da ovulação será dia 01 de Janeiro. De salientar que o dia da ovulação varia consoante a duração do teu ciclo menstrual.
2º - O muco cervical que é uma secreção transparente, semelhante à clara do ovo, que alguns dias antes da ovulação já começa a ser eliminado via vaginal. Esta secreção deve ser colocada entre os dedos indicador e polegar e esticada ao máximo sem que se rompa, no dia em que ela estiver mais longa é o dia da ovulação. A capacidade de esticar chama-se filância, então no dia de maior filância temos o dia da ovulação.
3º - Deves fazer a curva da temperatura basal medindo diariamente, pela manhã antes de te levantares da cama, a temperatura sublingual, vaginal ou rectal, durante 4 minutos e anotá-la. A temperatura tem uma pequena variação diária, mas no dia da ovulação desce ligeiramente e após a ovulação costuma subir cerca de meio grau em relação aos outros dias. A temperatura pode subir se teve relações sexuais na noite anterior, se está gripada ou se ingeriu bebidas alcoólicas, porém, isso não significa que já ovulou.
Associando estes três factores conseguirás saber qual é o dia da ovulação. O período fértil é o período em que podes engravidar, o que não corresponde somente ao dia da ovulação, pois o espermatozóide permanece vivo 48 horas após o acto sexual dentro da mulher, portanto se tiveres uma relação sexual 2 dias antes da ovulação a gravidez pode acontecer. O óvulo por sua vez pode permanecer vivo de 12 a 24 horas após a ovulação, portanto uma relação sexual um dia após a ovulação pode resultar numa gravidez.

Para que saibas mais ou menos quando te vai aparecer o próximo período, é aconselhável que ganhes o hábito de anotar a data de inicio de cada menstruação. A o.b.teens disponibiliza na sua página um calendário para te ajudar!

A primeira ida ao ginecologista


O check-up ginecológico levanta muitas dúvidas nas mulheres que devem fazê-lo pela primeira vez. Não te deixes influenciar pelos comentários: antes de formares uma opinião errada, deves saber em que é que consiste, os passos a seguir para o realizares e quando é que é aconselhável fazê-lo.


Este check-up tem como objetivo a prevenção de perturbações ginecológicas, a confirmação de que o teu aparelho genital é normal e a orientação relativamente à contraceção, se necessário. Na consulta far-te-ão uma série de perguntas para conhecerem o teu historial médico. Entre outras coisas, podem-te perguntar:

  • Com que idade tiveste o teu primeiro período.
  • Qual o intervalo de tempo entre os períodos.
  • Se as tuas perdas são ligeiras, moderadas ou abundantes.
  • Se usas pensos higiénicos, tampões ou ambos.
  • Em que dia começou o teu último período.
  • Se tens relações sexuais.
  • Se for o caso, a idade em que as iniciaste, o número de parceiros que tiveste, se tens atualmente um parceiro estável e o método contracetivo que utilizas.
  • Se já engravidaste.
  • Se, na tua família, há antecedentes de doenças graves.
  • Doenças que os teus pais e irmãos tiveram.
  • Se tiveste doenças graves, de um modo geral.
  • Se foste operada.
  • Se és alérgica a algum medicamento.
O check-up, em todos os casos, consiste na observação dos teus seios e da vulva. Além disso, se tiveste relações sexuais, terão de te fazer uma citologia e o toque vaginal. Para a recolha da citologia utiliza-se um espéculo, que é um separador das paredes vaginais para que o ginecologista consiga observar o colo do útero. O toque vaginal serve para avaliar a normalidade do útero e dos ovários. Realiza-se introduzindo os dedos na vagina e, com a outra mão, palpa-se o abdómen para ver se existe algum aumento do tamanho do útero ou dos ovários.


Para ires ao ginecologista, se pertenceres à Segurança Social, pergunta no centro de saúde da tua área de residência, informa-te se possui um centro de Planeamento Familiar (ou Serviço de Atenção à Saúde Sexual e Reprodutiva), onde possam orientar-te, ou se têm consultas de ginecologia. Se tiveres algum seguro médico, procura no quadro médico na categoria de "Ginecologia" e telefona para lá, pedindo uma consulta. No caso de não teres seguro nem Segurança Social, podes sempre perguntar a alguma amiga ou a um familiar para que te dê referências sobre algum ginecologista que conheça.



Não existe uma idade específica para a primeira ida ao ginecologista. Deves ir se tiveres relações sexuais, se tiveres algum problema ginecológico ou se tiveres dúvidas ou perguntas que queiras colocar-lhe. Depois, o ginecologista indicar-te-á de quanto em quanto tempo deves fazer um check-up. Em geral, se tiveres relações sexuais, é recomendável fazê-lo uma vez por ano.